quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Para pessoas carinhosamente problemáticas...

Nós temos chatices intrínsecas em nosso ser,
Nossos vícios, nossas bobagens, dengos, desejos incontroláveis,
Desejos de poder, de mandar, de estar por cima, de estar por baixo,
Dengos só saciados pelo fogo e por vezes pelo frio,
Bobagens grandes e bobagens pequenas,
Mas nossas bobagens são sempre sérias, não devem os outros brincar com elas,
Até porque não são bobagens!!

Somos viciados em nós mesmos,
E não é todo dia que queremos compartilhar nossos vícios,
Queremos mandar nas situações ao nosso redor,
Pois alguém precisa cuidar direito das coisas
E quem melhor do que nós mesmos? Senão vira bagunça..
E bagunça só a nossa, pois temos clara noção do que está sendo bagunçado.

Não costumamos errar, mas quando erramos assumimos,
Mas não costumamos errar.. até porque o erro é relativo,
Você pode até achar que erramos, mas não costumamos errar.. entendeu, não!?

Ficamos zangados, pois o mundo é mais do que aquilo que você acha que ele é
E você só quer ver as cores que você quer,
Mas existem outras cores, que nós vemos.. não é possível que você também não veja...
E não me venha com essa de nomenclaturas diferentes, pois eu conheço todos os nomes corretos
E já te falei, se não quiser aprender, problema seu...

Então valeu! No mais, nem tenho mais o que dizer...
Já disse tudo e somos assim, assim-assim e assim-assado.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Impassível diante de meu próprio Dragão

Assim sentia... tantas coisas "incompreensíveis"
Das quais, hoje apenas imagino existir...
Sinto assim, frio ou calor
Raras vezes, nos novos lugares
Mas não há nem mesmo novos lugares para existir...

Não há mais nada, e tudo apareceu de repente
Como se nunca tivesse visto...
Estive em coma (talvez), perdido em um único olhar distante
Hoje, olho para os lados e tantas peças estão presentes,
Bocas falantes, ouvidos atentos, corpos despertos, espertos!

Da janela daqui, vejo logo ali
Tanto movimento, sem sentimento
Sem dramas, sem ligações
Sem faltas, sem saudades... que maldade!

O expirar é frio, quase congelante,
Ahh!! tempo bom!
E que só se esquente, lá... distante!


sábado, 22 de janeiro de 2011

As incertezas de uma noite diferente


Hoje até choraria se tivesse vontade
Nem descobri a noite ainda
E tantos já dormem...
Enquanto isso a maldade, a inocência e a insegurança
Correm em letras, e formas e sentidos
Diante dos dias fugazes...
Não dos dias comuns, mortais
E sim daqueles morosos de minha cabeça.
Como compreender o que não se forma?
Que palavra sem letra se escreve?

Neguei a vossa vontade
Para não entristecer a minha,
Em nossos caminhos espinhos se lançam
Em belas rosas...
Nos caminhos são tantas pedras
Entre paredes podem haver janelas
E ao vazio bons pensamentos
Como entender o que pensas
Se são tantos pensamentos ao mesmo tempo?
O tempo é curto,
Mas há tempos que não escrevia...
O tempo é lento,
Mas já se passaram tantos dias...
O tempo é longo,
Mas, quanto tempo ainda haverá?





.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Antes de voltar pra casa...


Tenho saudades do tempo perdido
Onde se esconde?

Ainda guardo na memória
Os dias que não vivi
Não sei mais onde eles estão...
Queria livrar os culpados dos crimes que não cometi
Não serei o que não quero
Ou não faria o que não sei
E tenho saudades do que não deu tempo fazer
 Mas, não quero mais ser o que não fui
Chega de saudades!!...

Minhas recordações infantis
Minhas ingênuas palavras mordazes
Que me doem no fundo...
A minha, ou aquela que não sei
Mas tudo passa no fim...

Antes de assassinar minha inocência
Vejo então tudo que estava oculto
Nas sombras que teu corpo fazia
E sentirei saudades no futuro...

Sei que não era verdade
Aquilo que não sabia
Como poderia saber
Já que nem todo o fim termina bem?
E quantos fins precisarei viver?
Por quantos temores pisarei
E quantos espinhos temerei?

Perfurarei minha alma
Num tempo passado, abandonado
Pra marcar uma chaga,
De tudo que não temos,
Daquilo que nós nunca fomos,
De tudo que nunca saberei.

 Murilo Cruz & Ribeiro