domingo, 27 de setembro de 2009

Conflitos...

Em uma dessas noites sonhei com uma caverna...


Imaginei... quantas vezes não nos prendemos em uma??... bem parecida com aquela que Platão já falava..


Essa semana, na sala, em mais uma de nossas discussões teóricas.. eu levei mais uma vez para a parte prática.. e de quantas coisas simples, nós fazemos uma tempestade??.. criticamos.. cobramos.. julgamos..


Um ponto que é fato.. Se alguém tem uma opinião divergente da nossa.. custamos a aceita-lá.. Até discursamos a favor da liberdade de expressão, ou da necessidade do diálogo conflituoso.. mas, na prática... são raros os momentos que conseguimos aceitar realmente o que a nós é contra posto.. muitas vezes nem lembramos que se trata de uma opinião, e que assim como nós, o outro, está a defender seu ponto de vista, sua verdade, sua certeza..


E quantas vezes já me deparei com esta situação?? Inúmeras certamente.. As vezes me parece que não há espaço para a compreensão que tudo se trata de uma defesa de seus/ meus argumentos..


Ai.. lá vem o termo “você só quer estar certo(a)! Ser o dono(a) da verdade!”.. Não, não é isso, eu apenas quero que entenda.. eu penso diferente, pois não sou você.. e se não quiser compreender, me convença..


Ou você fica na sua caverna, ou vem cá fora ver onde eu me encontro...















terça-feira, 15 de setembro de 2009

CIDADE OITOCENTOS...

Muitos caminhos, vários destinos,
Cruzando-se infatigavelmente
E o encontro ao inimigo será inevitável
Enquanto encontrar alguém será possível
Mas pouco provável...


Tolos desejos insondáveis e desastrosos
Belas faces horríveis máscaras, irmãs gêmeas,
Amores de esquinas, de manobras viciosas,
Vozes irritantes, gemidos inesquecíveis,
Subterfúgios, medo, fúria, paixões...


O tempo de antes é agradável à memória
E as imagens são memoráveis nas fotografias...


Difícil jogo moderno
Todo amor, toda dor,
Envolto na neblina poluente, dessa podre necrópole
De belos caminhos trilhados, e luzes por todos os lados...


Se épocas de festa e fartura,
Semanas de frio e destruições...
Mas enquanto uns declaram
Sua devoção maquiada nos templos edificados pelo homem
Outros recitam seu amor, com copos,
Aos remédios paliativos...


Aqui dá pré ver,
Bravos homens alienados e impotentes
A fazer críticas há todos os instantes,
Do outro lado ociosas mentes brilhantes...


E os romances alucinantes de verão,
E a demagogia podre no mês de outubro,
Enganam a nós, que só enxergamos com os olhos...


Cidade de varias faces,
Cidade do livro aberto
Com paginas arrancadas...


Cidade...
Amor...
Corrupção...
Dignidade...
Ódio.










Compartilhando a sensação térmica/ espiritual/ sensitiva de onde me enconto..





Estátuas...




Corpos esculpidos
Mentes vazias
Ações inexplicáveis
Pensamentos sem sentido
Desejos fúteis
Beleza... superficial...
Espírito fraco
Alma podre
Animais sarnentos
Corpos sedentos
Morte certa
Ilusão profunda...
Numa estátua de pedra
Com formas perfeitas
Sem sentimentos reais
Ou sentidos vitais
Só uma estátua
Ambulante.





quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O DRAGÃO....

Sonhei com um dragão...

Estava passando por um vale de temperatura amena... por lá não haviam árvores ou lagos.. apenas altas pedras.. e o tal dragão.. tremi de inicio.. quem não temeria e tremeria?
Ele estava distante.. nas sombras..
Cauteloso, lhe perguntei que caminho deveria seguir para encontrar água.. Com voz mansa e grave, o dragão me respondeu, orientando pelo caminho entre o vale..
Parti... sem mesmo saber seu nome... e quantas vezes partimos sem saber das coisas?
Pensei.... por tantos momentos estamos tão assustados com o desconhecido que deixamos de pensar com cautela.. nem sequer pensamos.. evitamos atravessar as pontes.. cantar as músicas.. viver o momento.. não precisamos de dragões para temer.. precisamos apenas de nosso próprio medo..

Humm.. medo.. o que se passa?..

“pergunto ao eco.. ‘Eco, onde é que você se esconde?’... mas o eco só responde: ‘onde?, onde?, onde?’...”