sábado, 7 de novembro de 2009

Nos fins...


Ao nascer do Sol, tudo será cinzas
No final da música, a paixão estará perdida
Meu suspiro é breve como meu viver
A frieza é tão dura que pode te queimar
Se meu morrer é tão forte
Minha vida não suporta, não supera...
Mas minha espera é maior do que posso ter...
Se a morte tivesse cheiro
Seria esse bálsamo presente,
Se fosse líquida
Seria minha lágrima presa,
Se tivesse face humana
Seria o reflexo?...
No pôr da Lua escarlate
Um sonho com ela se vai,
A cada "eu te amo"
Um coração se despedaça amargurado,
Se hoje não é um dia bom,
Amanhã pode ser tarde demais.



quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Segredos...



Como sempre me lancei
Ainda sem saber o que eu queria
Rapidamente alcei meu arco, mas
Logo estaria rendido
Incrivelmente apaixonado
Em situação inigualável
Num castelo celestial
E maravilhosamente acompanhado...

Mergulhado na neblina de nossos suspiros
Envolvido pelo orvalho do nosso amor
Uma vez domado pelos teus sortilégios...


Amor de uma nova era
Mulher única de magnífica áurea
O ósculo celestial concedes ao Arqueiro
Romantiza meu coração...

Me vejo envolto nos nossos mistérios
Indecifráveis, talvez
Nadamos entre as nuvens da aurora
Harmônicos com um dúbio tom
A canção da felicidade podemos sentir...


Bruxinha que enfeitiça com um olhar
Rosa mais bela do paraíso
Único desejo, consciente ou inconsciente
Xodó do Arqueiro
Imensurável é a tua benevolência oculta
Não posso evitar esse amor
Harpas anunciam nosso mágico encontro
A todo universo.


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Tentativa de homicídio na 3ª Avenida...

Naquela Avenida muda
Quando teu olhar
Penetrou nos olhos meus
Pude sentir o alvorecer futuro
Ainda oculto nos lábios teus


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Lágrimas....



Sabe a quanto tempo estou aqui
Observando os fatos
De plena insipiência?

Tenho por muito que não me vejo,
Ando por tanto que não me encontro,
Tanto que desejo que não mais quero,
Imagino tanto que não sei mais
Das verdades ou mentiras que me contam...

Tenho tudo o que quero
E mais do que preciso,
Quanto mais tenho mais espero
Quando tudo acabar vamos ao cemitério...

De sede morri num vale de lágrimas,
No fogo ardi de tamanha labuta,
Ao frio tremi de única solidão,

Meus troféus todos podem ver
Alguns defeitos consigo esconder,
No espelho vejo apenas o que me cabe
No coração penso em tudo que constrói
Quem sabe minha mente não se acalma
E afague a minha alma que tanto dói?...

Sou como um pássaro ferido no ninho
Machucado já não posso voar,
Limitado por idéias e verdades
Preso já não me cabe sonhar
Deixemos a poesia pra lá...

Quando o dia nasce, pra mim é o fim,
Ninguém realmente sente nada por mim
Só por que não nos importamos com ninguém
Que tanto faz, tanto fez ou se está tudo bem,

E sei que a Lua do meu alcance, está além,
Sei que minha voz é universal
Mas não entendo a língua do coração,
Sei que meu medo causa revolução
Mas não tenho uma principal razão
Por meu coração doer mais que os outros
Mesmo dos outros que nunca vi,

É porque o meu amor não me entende,
Eu quero um mundo perfeito
Eu sou o Sol, mas estou em Plutão
Um gelo vivo em zelo absoluto
O sangue escarlate que escorre da espada
A velha estrada perdida
Sou música em raiz fundida
Sou para toda a vida.

Já que a carne a morte leva,
Pior, é quem a espera.





em: Set. 2006

domingo, 27 de setembro de 2009

Conflitos...

Em uma dessas noites sonhei com uma caverna...


Imaginei... quantas vezes não nos prendemos em uma??... bem parecida com aquela que Platão já falava..


Essa semana, na sala, em mais uma de nossas discussões teóricas.. eu levei mais uma vez para a parte prática.. e de quantas coisas simples, nós fazemos uma tempestade??.. criticamos.. cobramos.. julgamos..


Um ponto que é fato.. Se alguém tem uma opinião divergente da nossa.. custamos a aceita-lá.. Até discursamos a favor da liberdade de expressão, ou da necessidade do diálogo conflituoso.. mas, na prática... são raros os momentos que conseguimos aceitar realmente o que a nós é contra posto.. muitas vezes nem lembramos que se trata de uma opinião, e que assim como nós, o outro, está a defender seu ponto de vista, sua verdade, sua certeza..


E quantas vezes já me deparei com esta situação?? Inúmeras certamente.. As vezes me parece que não há espaço para a compreensão que tudo se trata de uma defesa de seus/ meus argumentos..


Ai.. lá vem o termo “você só quer estar certo(a)! Ser o dono(a) da verdade!”.. Não, não é isso, eu apenas quero que entenda.. eu penso diferente, pois não sou você.. e se não quiser compreender, me convença..


Ou você fica na sua caverna, ou vem cá fora ver onde eu me encontro...















terça-feira, 15 de setembro de 2009

CIDADE OITOCENTOS...

Muitos caminhos, vários destinos,
Cruzando-se infatigavelmente
E o encontro ao inimigo será inevitável
Enquanto encontrar alguém será possível
Mas pouco provável...


Tolos desejos insondáveis e desastrosos
Belas faces horríveis máscaras, irmãs gêmeas,
Amores de esquinas, de manobras viciosas,
Vozes irritantes, gemidos inesquecíveis,
Subterfúgios, medo, fúria, paixões...


O tempo de antes é agradável à memória
E as imagens são memoráveis nas fotografias...


Difícil jogo moderno
Todo amor, toda dor,
Envolto na neblina poluente, dessa podre necrópole
De belos caminhos trilhados, e luzes por todos os lados...


Se épocas de festa e fartura,
Semanas de frio e destruições...
Mas enquanto uns declaram
Sua devoção maquiada nos templos edificados pelo homem
Outros recitam seu amor, com copos,
Aos remédios paliativos...


Aqui dá pré ver,
Bravos homens alienados e impotentes
A fazer críticas há todos os instantes,
Do outro lado ociosas mentes brilhantes...


E os romances alucinantes de verão,
E a demagogia podre no mês de outubro,
Enganam a nós, que só enxergamos com os olhos...


Cidade de varias faces,
Cidade do livro aberto
Com paginas arrancadas...


Cidade...
Amor...
Corrupção...
Dignidade...
Ódio.










Compartilhando a sensação térmica/ espiritual/ sensitiva de onde me enconto..





Estátuas...




Corpos esculpidos
Mentes vazias
Ações inexplicáveis
Pensamentos sem sentido
Desejos fúteis
Beleza... superficial...
Espírito fraco
Alma podre
Animais sarnentos
Corpos sedentos
Morte certa
Ilusão profunda...
Numa estátua de pedra
Com formas perfeitas
Sem sentimentos reais
Ou sentidos vitais
Só uma estátua
Ambulante.





quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O DRAGÃO....

Sonhei com um dragão...

Estava passando por um vale de temperatura amena... por lá não haviam árvores ou lagos.. apenas altas pedras.. e o tal dragão.. tremi de inicio.. quem não temeria e tremeria?
Ele estava distante.. nas sombras..
Cauteloso, lhe perguntei que caminho deveria seguir para encontrar água.. Com voz mansa e grave, o dragão me respondeu, orientando pelo caminho entre o vale..
Parti... sem mesmo saber seu nome... e quantas vezes partimos sem saber das coisas?
Pensei.... por tantos momentos estamos tão assustados com o desconhecido que deixamos de pensar com cautela.. nem sequer pensamos.. evitamos atravessar as pontes.. cantar as músicas.. viver o momento.. não precisamos de dragões para temer.. precisamos apenas de nosso próprio medo..

Humm.. medo.. o que se passa?..

“pergunto ao eco.. ‘Eco, onde é que você se esconde?’... mas o eco só responde: ‘onde?, onde?, onde?’...”



segunda-feira, 31 de agosto de 2009

712 Ares...






Numa manhã de nuvens escuras
Sentia o vento frio que vinha do norte
Aquecido por turbinas velozes
Que por longas noites esperaram por este momento
Ansiosamente, a cada manhã sonolenta...
E naquele alvorecer
Ouviu-se apenas um assobio
E depois, lágrimas misturadas ao sangue escarlate
O inferno se hospedou entre nós
Por não mais que duas voltas
Longas voltas, que o relógio custava a girar
E mais dor, e tristeza, e pavor,
Uma espera vazia apertava os nossos corações
Não se sabia pra onde ir
Não se sabia ao menos de onde chegavam
Apenas se sentia
Sentia a dor profunda da morte
Sem ser a própria morte a ameaça
Mas a incerteza do crepúsculo daquele despertar
Marcas que não criei pra mim
Dor que jamais fiz alguém sentir
Alma atroz
Por que escolheste este caminho para nós?




Sobre um 07 de dezembro de lágrimas... Pearl Harbor...







sábado, 29 de agosto de 2009

O primeiro dia.... mais um dia....



Ando feliz.. coisas boas sempre acontecem.. ao mesmo tempo que outras não tão boas também.. mas o que fazer?... bom é assim... e são as nossas atitudes que trilham o nosso caminho... é quando estamos cansados que contribuimos mais... pois não nos limitamos..


Encontrei uma amiga de infância... mas ela não me reconheceu.. vai ver que o tempo realmente embaça a memória..

A memoria é frágil ao tempo... tanto, que nos embriagamos de corrupção e mesmo assim bebemos novamente... tanto, que quando nos decepcionamos nem lembramos dos bons momentos...

São muitas coisas por ai... teremos algum tempo ainda...